sábado, 2 de julho de 2011

Fragilidade



A noite chegou, cessando todos os rumores e alaridos
Mas de repente, um tão grande silêncio é interrompido
Por uma chuva impetuosa que cai sem cessar...
Levanto-me, e pela janela entreaberta posso ver
Os estragos do vento que sem qualquer direção
Com fúria indomável, levanta a poeira do chão
Fico perplexa diante de tanta força e velocidade
Que fazem contraste com a minha fragilidade
Pois muitas vezes, pedi ao Senhor para ser resistente
Mas Ele me fez frágil, sensível e dependente...
Eu queria tanto ser como o vento que nesta hora
Tão arrogante e destemido assobia lá fora
Ele passa raivoso e os ramos curvam à sua frente
Ele desnuda as árvores e espalha as folhas pelo ar
Vaidoso, exibe a sua força, uivando em todo lugar
Ah! Eu pedi ao Senhor esta força que não falha
E Ele me fez frágil, como as flores que o vento espalha
Como eu queria esta força que sem limites canta
Mas sou tão frágil quanto a poeira que ele levanta
Senhor... Tu não me destes a força do vento!
Talvez, para que neste sublime momento
Tão quebrantada, dependente, necessitada...
Eu pudesse sentir esta doce e perfeita alegria
De olhar para o céu e as minhas mãos estender
E com toda minha alma poder sentir e dizer:
“Senhor, como eu dependo de ti”

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