quarta-feira, 27 de maio de 2009

Quantas ovelhas tem o Pastor?

E mais uma vez o amado pastor contou as suas ovelhas: uma, duas, três, quatro... e depois de contar uma por uma, ele suspirou aliviado, olhou para o céu e agradeceu a Deus pelo crescimento do seu rebanho.
Mas... quantas ovelhas tem o pastor? Perguntei, refleti e chorei, porque na realidade eu perco todas as características de uma ovelha, quando troco o amor pelo ódio, a verdade pela mentira, o perdão pelo ressentimento, a humildade pelo orgulho.
Eu deixo de ser uma ovelha, todas as vezes que o pastor diz “vamos” e eu dou lugar ao pecado da desobediência e digo “não vou”...
Eu deixo de ser uma ovelha, quando meu “ego” cresce dentro de mim e domina todo meu ser. Nesta hora, eu começo a pensar que sou melhor do que todas as outras ovelhas, e como não sou, sinto-me insatisfeita e desvalorizada. Murmuro contra tudo e contra todos, dizendo que o pastor não reconhece os meus talentos...
Eu deixo de ser uma ovelha, quando não domino a minha língua, e falo coisas que entristecem e causam dissensões na igreja. Quando acreditando na minha perfeição e santidade, eu aponto os erros do meu irmão, cobrando dele os pecados, que muitas vezes Deus já perdoou...
Eu deixo de ser uma ovelha, quando fujo do meu aprisco e vou buscar alimento em pastagens “diferentes”. Lugares onde muitas vezes o lobo enganador tem suas armadilhas preparadas através das heresias e dos falsos movimentos...
Eu deixo de ser uma ovelha, quando desprovida de amor pelas almas perdidas, eu cruzo os braços e me torno uma ovelha improdutiva. Nunca posso ajudar um irmão, visitar um enfermo ou levar uma palavra de salvação ao que perece, alegando que evangelizar e cuidar de ovelhas, é uma responsabilidade do pastor...
Meu Deus! Como pode um pastor contar as suas ovelhas? Me perguntei comovida, enquanto cenas da minha caminhada de ovelha, continuavam se desenrolando diante de mim, fazendo-me refletir nas inúmeras vezes que deixei de ser ovelha.
Enfim, após ter vivenciado este lindo gesto de amor do pastor para com as suas ovelhas, eu enxuguei as minhas lágrimas, mas aquela doce voz continuará ecoando para sempre em meus ouvidos: uma, duas, três, quatro...
Quantas ovelhas tem o pastor?

Onde está o Pastor?


O que aconteceu naquele dia?
A cadeira do pastor estava vazia
E as suas ovelhas iam chegando
E uma a uma perguntando:
- onde está o nosso pastor?
A pergunta se tornou costumeira
Pois todos olhavam para sua cadeira
E nela não viam o seu pastor
O pastor não veio! O que fazer?
Se cada coração chegou preparado
Para receber do pastor amado
O alimento eficaz para suas vidas...
Então, o rebanho ficou desapontado
E em vão, olhavam por todo lado
Porque quando o pastor falta
Meu Deus! Quanta falta ele faz!
Pois ele conhece bem as suas ovelhas
Sabe acalentá-las, e sabe entendê-las
Sabe também exortá-las, se preciso for
E é por isso que todos perguntam:
- Onde está o nosso pastor?
Mas aquelas ovelhas eram obedientes
Eram mansas, submissas, e tementes
E deram ouvidos à voz do seu senhor
E logo entenderam a falta do pastor
Sim, ele é um servo fiel e dedicado
E em muitos lugares, sempre solicitado
E assim, todos olharam com alegria
Aquela cadeira que estava vazia
E com os corações repletos de amor
Todos oraram, pelo ministério do pastor.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Esposa de um Pastor


“E prometo ser fiel na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te, por todos os dias da minha vida”...
Prometo que faremos do nosso lar um jardim, e nele cultivaremos o amor, o perdão e a fé. Um lugar de paz e santidade, onde o Espírito Santo tenha prazer em habitar...
Prometo caminhar ao teu lado, por onde quer que andares. Seja em caminhos pedregosos ou aplainados, prosseguirei com firmeza segurando a tua mão...
Prometo sempre me lembrar, que antes de ser meu, és um obreiro do Senhor, pois desta forma nunca deixarei que o meu egoísmo seja um impedimento à tua chamada...
Prometo nunca exigir de ti, além do que podes me dar, mas sempre entender que tudo que me dás, é o melhor que tens a oferecer...
Prometo que juntos, criaremos nossos filhos na admoestação do Senhor, pois só assim teremos filhos obedientes, cidadãos de caráter e servos fieis ao Senhor...
Prometo me esforçar, para estar sempre bela para te agradar, isto sem nunca me descuidar da verdadeira beleza, que vem do nosso interior e permanece através dos tempos...
Prometo ser uma mulher virtuosa e cuidar do nosso lar com tanta dedicação, que sendo humilde nos parecerá um palácio, embora na terra nos lembrará o céu ...
Prometo não me esquecer, que ser a esposa de um pastor, não é simplesmente ser “uma privilegiada” entre tantas mulheres. Não, ser esposa de um pastor é antes de tudo um desafio, que só pode ser vencido com os joelhos no chão...
Enfim... Eu prometo nunca me esquecer das minhas promessas.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Além de Mulher


Hoje eu quero te agradecer, Senhor
Porque me fizeste, suave e feminina
Sou delicada e frágil como a flor
E quando quero volto a ser menina.

Porque apesar desta aparente fragilidade
Posso ser forte, se forte se fizer preciso
Choro de tristeza ou de felicidade
Lágrimas que não escondem o meu sorriso

Agradeço pelo milagre da gestação
Pelo peito que dorme, desperta e alimenta
Pela voz tão doce que se faz canção
Embala o bercinho e aos anjos acalenta.

Pela mão carinhosa que seu filho abençoa
Por sua paz, que na guerra inspira calma
Pelo coração sensível que ama e perdoa
Porque sou mulher, no físico e na alma.

Pela mulher executiva, culta e elegante
Ou a que lava no tanque sem igual instrução
A que caminha no campo ou na cidade grande
Na passarela das estrelas, ou de pés no chão.

Às vezes submissas, às vezes tão altiva!
Dignidade como as flores, no coração cultiva
Feita com carinho, pelo autor da criação
Pedaço da costela, do primeiro varão.

E toda graça de ser mulher, toda virtude
Me seriam inútil, se tornariam coisa vã
Se eu não vivesse com toda plenitude
Sendo além de mulher, pois sou mulher Cristã ...

E a porta se fechou...


Senhor, Senhor, abre-nos a porta!
E olhando-nos fixamente Jesus falou:
“Em verdade vos digo que não vos conheço”.
E diante de nós a porta se fechou...

Quanta dor eu pude sentir naquela hora!
Ao ver a porta fechada e eu do lado de fora
Misericórdia! Ainda supliquei em desespero
Mas era tarde para entrar nas bodas do cordeiro

A porta se fechou...Jesus nem sequer me conhecia!
Eu, que em seu nome falava tanto em profecia.
Expulsei demônios, evangelizei, era dizimista fiel
Mas o azeite eu não tinha para entrar no céu.

Ah! Se eu pudesse voltar atrás, tudo seria diferente!
Eu não seria a virgem louca, seria a virgem prudente.
E à meia noite ouvido-se o clamor: Aí vem o esposo!
Pelas portas do céu eu entraria, em teu eterno gozo.

Vigiai! Pois não sabeis o dia nem a hora
Em que o filho do homem há de vir em glória
Ande em santidade, mantendo acesa a sua luz.
Leve consigo o azeite para encontrar com Jesus.