domingo, 31 de julho de 2011

Pai, que amor é este?



Pai, que amor é este que sentes por mim?
Qual é o segredo para amar tanto assim?
Tento entender este amor e não acho jeito
Insisto em explicá-lo, mas não sei direito
Pois o teu amor é tão complexo, é diferente
É o amor que não se explica, apenas sente...
Pai, que amor é este? Conta-me com carinho
Sobre este amor que nunca me deixa sozinho
Que nos desalentos e nas aflições desta vida
Vem ao meu encontro com a mão estendida
Que na hora mais difícil, na minha indecisão
Como uma bússola, posso sentir teu amor
Apontando o caminho que me faz vencedor
E quando estou só, à procura de um amigo
Nos teus braços encontro o meu abrigo
E na tua sabedoria a palavra mais certa
Onde eu posso ver uma porta sempre aberta
E com segurança, eu posso por ela entrar...
Pai, que amor é este? Conta-me paizinho querido!
Fala deste amor, que às vezes chora escondido
Que mesmo a distancia, parece estar presente
E me torna especial no meio de tanta gente...
Pai, que amor é este? Eu só poderei entendê-lo
Olhando para o calvário, para o amor modelo
Onde por amor, Cristo se deu pela humanidade
Alí eu encontro a explicação e a verdade
O teu amor é uma fagulha do amor de Cristo
É ele que ascende dentro de ti e de mim
A chama do amor, que jamais terá fim...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Companheiro de jornada


Não Andes só. Vou caminhar contigo...
Quero ouvir tuas queixas e te dar atenção
Se sentires frio, eu te mostrarei um abrigo
E se tiveres fome dividirei o meu pão.

Vou te amar sem cobranças ou exigência
Tendo muito a ouvir e tão pouco a falar
Tu não serás para mim apenas aparência
Pois a beleza de tua alma, irei alcançar

Serei um suporte, se precisares de apoio
E nos mares turbulentos remarei a teu lado
E antes de tirar o argueiro do teu olho
A trave do meu, eu quero ter tirado.

E se algum dia, ofendida por ti eu for
Certamente o meu coração esquecerá
Não por sete vezes, mas como disse o Senhor:
- “Até setenta vezes sete, perdoarás...”.

Mas não te esqueças companheiro de jornada
Que se durante esta nossa longa caminhada
Um dia perceberes que eu estou vacilando
Se nas minhas palavras eu estiver tropeçando

Não te decepciones com a minha atitude
Mas por favor, ore comigo e me ajude
Se me levantares, contigo voltarei a caminhar.
Se me deixares, posso não ter mais onde chegar...

sábado, 2 de julho de 2011

Fragilidade



A noite chegou, cessando todos os rumores e alaridos
Mas de repente, um tão grande silêncio é interrompido
Por uma chuva impetuosa que cai sem cessar...
Levanto-me, e pela janela entreaberta posso ver
Os estragos do vento que sem qualquer direção
Com fúria indomável, levanta a poeira do chão
Fico perplexa diante de tanta força e velocidade
Que fazem contraste com a minha fragilidade
Pois muitas vezes, pedi ao Senhor para ser resistente
Mas Ele me fez frágil, sensível e dependente...
Eu queria tanto ser como o vento que nesta hora
Tão arrogante e destemido assobia lá fora
Ele passa raivoso e os ramos curvam à sua frente
Ele desnuda as árvores e espalha as folhas pelo ar
Vaidoso, exibe a sua força, uivando em todo lugar
Ah! Eu pedi ao Senhor esta força que não falha
E Ele me fez frágil, como as flores que o vento espalha
Como eu queria esta força que sem limites canta
Mas sou tão frágil quanto a poeira que ele levanta
Senhor... Tu não me destes a força do vento!
Talvez, para que neste sublime momento
Tão quebrantada, dependente, necessitada...
Eu pudesse sentir esta doce e perfeita alegria
De olhar para o céu e as minhas mãos estender
E com toda minha alma poder sentir e dizer:
“Senhor, como eu dependo de ti”