quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mãe, onde estás?


Ser mãe não é um simples ato de gerar
É mais que isto, ser mãe é também amar
Por que existe quem gera, mas não ama
E existe quem ama sem gerar...
O amor é uma prova eficaz da maternidade
Através do amor, reconheceu o rei Salomão
Entre duas mulheres, qual era a mãe de verdade
Ser mãe é gerar um filho dentro do coração
Independente das circunstâncias ou situação
Às vezes anônimas, ocultas, ou não reconhecidas
Ou quem sabe se como as violetas, escondidas
Mas sempre perfumando a vida que não gerou
Mãe, onde estás? Que lindo coração é o teu!
Que sublime missão o Senhor te concedeu!
A missão de se tornar mãe, através do amor
De amar sem limites, como nos ama o Senhor
Teu amor se expressa nas lágrimas de emoção
Quando clama por teu filho através da oração
Está na tua mão estendida, pronta para abençoar
E nas noites indormidas que passas a acalentar
Nas renúncias, no sonho que não tornou realidade
Pois o trocaste pelo sonho maior da maternidade
Tu és mãe, não apenas porque geraste um filho
És mãe, porque não podes ofuscar o brilho
Que nos teus olhos reflete o teu grande amor
És bem aventurada, és virtuosa e agraciada
Como foi Maria, a mãe do meu Senhor...

Alegria de ser Mãe


Lá vem o meu filho. Ó quanta alegria!
É ver em sua vida, dia após dia
O meu sonho de criança realizado
Ah! Eu deixava sempre tudo de lado
Tomava nos braços meu boneco de pano
E passava horas e horas sussurrando
A mais linda canção de ninar:
“Dorme neném, mamãe tem o que fazer
tem roupa pra lavar e costura pra coser”...
Lá vem o meu filho. Ó quanta alegria!
É ver o fruto do meu ventre gerado
Aquele, que em oculto foi contemplado
Pois sem que eu soubesse da sua existência
O Senhor, na sua grandeza e onisciência
Escreveu, cada um dos seus dias...
Lá vem o meu filho. Ó quanta alegria!
E o que mais ao Senhor eu pediria?
Ele me deu um filho. Ó que grande ventura!
E como Ana, no seu gesto de doçura
Ao Senhor, meu filho também entreguei.
Filho! Tu não és meu, és do meu Senhor
Mas em todo lugar em que Ele te enviar
Nunca te esqueças deste meu amor...

Mãe


Mãe, eu não sabia que eras tão linda
Até que amamentaste junto à janela
O amor que fluías te deixava ainda
Mais graciosa e muito mais bela.

Mãe, eu não sabia que eras tão doce
Até que teu filho, ensaiou o primeiro passo
Abraçaste-o com ternura como se possível fosse
Tanto amor ser contido num abraço.

Mãe, eu não sabia que eras tão zelosa
Até que teu filho, para a escola caminhou
De mãos dadas pelas ruas, seguias orgulhosa
Limpo e bem cuidado, tua herança do Senhor.

Mãe, eu não sabia que eras tão sábia
Até que teu filho se tornou adolescente
Cercado pelas dúvidas, tu abrias a palavra
E de Deus buscavas a resposta coerente.

Mãe, eu não sabia que eras tão solidária
Até que teu filho, sentiu a primeira decepção
Outra vez no colo enxugaste suas lágrimas
E o fizeste dormir com uma linda canção.

Mãe, eu não sabia que eras tão santa
Até que teu filho, por este mundo afora se foi
Sufocaste a dor e o soluço na garganta
E sorrindo dizias: Meu filho, Deus o abençoe...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

As mãos de minha Mãe


Ainda me lembro com ternura
Das incansáveis mãos de minha mãe
Eram ágeis, eficientes, e confortantes
As benditas mãos que a todo instante
Estavam estendidas para mim...
Eram valorosas como duas guerreiras
Eram duas inseparáveis companheiras
Sempre lutando para o melhor servir
E nas horas de amarguras, nas noites escuras
Qual bússola mostravam o caminho a seguir
Mãos, que só se levantavam para o bem
Para ajudar, abençoar e acolher alguém
Mãos, que muitas vezes vi calejadas
Como as de Cristo que na cruz pregadas
Pelo grande amor que sentiu por mim...
Mãos, que hoje se movem lentamente
Ficaram frágeis, trêmulas e dependentes
O tempo passou, e agora desgastadas
Como irmãs gêmeas, estão sempre entrelaçadas
Parecem inúteis, mas têm inestimável valor
Pois falam de uma vida, de renúncias e de amor
As mãos de minha mãe...benditas entre tantas!
Oh! Que mãos tão maravilhosas e santas!
Mãos que afago entre as minhas com carinho
Fazendo delas o meu mais seguro ninho
Na difícil hora da minha aflição...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Que ovelha tenho sido?


Senhor, hoje é o dia do pastor e eu venho te agradecer, porque sou uma ovelha e tu me deste um pastor segundo a tua palavra. Um imitador de cristo, o Divino pastor, que com carinho guia-me mansamente às águas tranqüilas e faz-me repousar em pastos verdejantes. Neste dia tão especial, olhando para minha posição de ovelha eu te pergunto: Senhor, que ovelha tenho sido? - Perdoa-me Senhor, porque nós as ovelhas, muitas vezes andamos tão dispersas e tão alheias e nem percebemos as lutas, as preocupações e nem a dor que envolve a vida de um pastor. Perdoa-me senhor, pelas vezes que ele precisou de uma palavra minha e eu não dei. Afinal, as ovelhas sempre pensam que dar é obrigação do pastor e que ovelha só precisa receber. - Perdoa-me Senhor, pelos seus problemas que eu nunca percebo! Alias, sempre trouxe todos os meus problemas para que ele resolvesse para mim, esquecendo-me de que pastor, também passa por aflições, por lutas e necessidades. Que ele também tem uma casa, uma família para cuidar, uma esposa que precisa de atenção, filhos que também adoecem, remédios para comprar, contas para pagar... - Perdoa-me Senhor, pela ofensa que ele ouviu de mim naquele dia. Ah! Como deve ter doído o seu coração. Logo depois, eu trouxe a minha oferta, tomei a santa ceia... nem me lembrei de pedir perdão a ti, nem a ele, pois nós as ovelhas, muitas vezes nos esquecemos de que pastor também tem sentimentos, que chora, que sofre e que é feito da mesma matéria sensível que nós. - Perdoa-me Senhor por tão pouco ter dado e pelo muito que dele tenho cobrado. Porque muitas vezes, destacamos as suas faltas e seus defeitos e nem percebemos os seus acertos, nem as suas virtudes. - Perdoa-me Senhor, pelos seus momentos difíceis em que ele tanto precisou das minhas orações e eu tenho orado por tantas pessoas, por tantas causas e dele na verdade, pouco tenho me lembrado. - Perdoa-me Senhor, pelas privações e preocupações que ele tem passado, por coisas que muitas vezes, eu poderia tê-lo aliviado. Mas não, no meu egoísmo, eu nunca pensei que um pastor, também precisasse de “sustento material”. Aliás, eu sempre pensei que “isto” fosse coisa de ovelha e não de pastor. - Perdoa-me Senhor, por não ter percebido o seu cansaço, seus dias difíceis, suas noites mal dormidas, a sua necessidade de descanso, de laser, talvez de umas férias! Afinal, nunca passou pela minha cabeça de ovelha, que um pastor também tem um corpo material, que se fadiga, que sente dores, que adoece... - Perdoa-me Senhor, porque eu não fui suporte, quanto ele se sentiu fraco. - Por eu não ter-lhe dado sequer um sorriso, quando ele se sentiu triste. - Por nunca ter dito: Pastor conte comigo! Quando esta frase precisava tanto ser ouvida por ele. - Por eu não ter tido olhos espirituais para ver o que ele representa para mim, para tua igreja e para teu reino e por não ter tido esta visão espiritual, nunca o valorizei como devia. Enfim, perdoa-me Senhor, porque eu queria que o meu pastor fosse como os super-heróis. Talvez um super homem! Com super poder, visão de raios-X, que voasse e estivesse em todos os lugares ao mesmo tempo e que socorresse e resolvesse todos os nossos problemas! Mas não, o meu pastor não é nenhum super-herói, ele também não é o super-homem, embora seja um homem tão especial. Mas ele é teu servo, o teu escolhido e filho. É também uma ovelha como eu, que necessita da tua graça, das tuas misericórdias e da tua ajuda para continuar...